quarta-feira, 5 de março de 2008

HUMANISMO NA BOLÍVIA PLANEJA REDE DE INSTITUIÇÕES PELA NÃO-VIOLÊNCIA E POR UMA COMUNICAÇÃO DE INTEGRAÇÃO

Informações enviadas pelo humanista Alan Bravo

O Movimento Humanista da Bolívia apresentou, a diversas instituições, duas campanhas: uma da não-violência e da tolerância, e outra por uma comunicação voltada à integração. O primeiro projeto pretende a realização de oficinas com base em 100 equipes coordenadas e capacitadas por três responsáveis a nível nacional, que alcancem distintos setores da população. A intenção é fazer planejamentos conjuntos com organizações distintas, pela combinação da experiência de algumas ONGs e diferentes entidades estatais que trabalhem com a não-violência. Isso permitirá que se dê maior amplitude à abordagem de temáticas como: violência intra-familiar, seguridade cidadã e conflitos sociais gerados por provocações de alguns setores econômicos. A não-violência tem sido metodologia de ação e atitude de vida e relacionamento, com tolerância no convívio inter-pessoal. Por outro lado, o projeto de comunicação para integração busca fazer incursões em distintos meios de comunicação, como a Revista Terra e programas de televisão e de rádio, produzindo informação e comunicação que busque esclarecer e informar sobre os avanços no processo de transformação social. Esse projeto, ainda que esteja centrado na mídia, é acompanhado de uma série de oficinas sobre a não-discriminação e a integração dos povos, cuja intenção é despertar em outras organizações o desejo de se envolverem em elaborações semelhantes, a partir da sensibilidade da não violência. Foram visitadas instituições, como a ONG Capacitação e Direitos Cidadãos, a Faculdade de Direito que foi sede do II Fórum Humanista Latino Americano, a Assembléia Permanente de Direitos Humanos de La Paz e o Ministério da Saúde (que convidou o movimento a participar de reunião de uma rede de organizações públicas e ONGs sobre a não-violência). Pela receptividade de algumas organizações, foram marcadas reuniões de apoio a projetos de Serviço Social, já trabalhados em oficinas no II Fórum. O vice-reitor da UMSA e a ONG IPAS, que promove respeito aos direitos reprodutivos, também participarão da grande rede. O vice-ministério de Seguridade Cidadã ficou muito interessado em desenvolver, como parte de política pública nacional, as oficinas da não-violência e da tolerância. A Prefeitura Municipal, em sua unidade de gênero e violência, bem como várias Defensorias também foram visitadas. Na próxima semana, haverá reunião para planejar projetos a várias instituições e assistentes dessas redes, entre eles o Ministério da Educação, com quem foi combinado que serão apresentados projetos na próxima semana. Na Comunidade de Direitos Humanos (www.comunidad.org.bo) e no Capítulo Boliviano de Direitos Humanos, redes com mais de 50 organizações nacionais de direitos humanos, cada uma, foram apresentados informativos e o projeto para incorporação do movimento humanista a ambas as redes. O Defensor do Povo, na pessoa de Patrícia Flores, comprometeu-se a apoiar a convocatória de voluntários e ativistas da não violência. Também colaborou com a cessão de seu salão para realização de oficinas de capacitação. A ONG ADES se somou ao projeto com uma Associação Juvenil, e ambas coordenarão atividades aos fins de semana. A organização VIVE também já foi informada dessa grande frente de ação. As atividades estão abertas a quem queira intercambiar experiências e estão só começando.

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