quinta-feira, 10 de abril de 2008

O HUMANISMO VAI À PRAÇA DE MAIO CONTRA GREVE DOS AGROPECUÁRIOS

“Não haverá progresso se não for de todos e para todos”

Com essa frase de Silo, o Movimento Humanista e o Partido Humanista se somaram ao ato em apoio à postura do governo da Argentina diante da greve do setor agropecuário do país. Essa posição foi declarada por Guillermo Sullings, Porta-voz do Movimento Humanista na Argentina, e Luis Ammann, Secretário Geral do Partido Humanista (PH).

Sullings disse que o Humanismo denuncia a violência econômica com que os grandes latifundiários e produtores de soja extorquem toda a população por meio dessa greve. Os manifestantes humanistas se concentraram em Lavalle e Talcahuano para, em seguida, marchar pela Diagonal Norte até a Praça de Maio de Buenos Aires.

Sobre a decisão do Partido Humanista de acompanhar esta marcha, seu secretário-geral e ex-candidato à presidência, Luis Ammann, explicou: “É um momento sobre tudo de grande confusão à boa parte da população e aí tem que estar o humanismo para dar suporte, por meio de esclarecimento. Convocamos o povo e nos mobilizamos com tudo o que temos em apoio a um governo que tem postura correta quanto à visão em favor da América Latina, que tem sido prejudicada por Sociedade Rural, Igreja, meios de difusão que respondem a essas “instituições” e o beneplácito dos militares que não querem mais julgamentos de seus pares”.

Quanto à atitude dos dirigentes das Federações em greve, Ammann explicou: “Os porta-vozes do campo têm sido discriminadores e deixam claro que estão motivados por um antiperonismo, que surge das profundidades da paisagem de formação de quase metade do povo argentino. Muitas críticas de alguns personagens foram feitas como ataque a uma pessoa que tem duas características molestadoras a eles: as de ser mulher e peronista. Os argentinos não podem permitir que se volte a dividir nossa sociedade como em 1955. Temos que atuar para impedi-los e nossa arma é o esclarecimento”.

Por outro lado, Amman destacou que a direita não quer o desenvolvimento da aliança latino-americana que vem se afirmando paulatinamente, Ao contrário, segundo ele, a elite executa o Plano Colômbia II, que procura acelerar planos em marcha contra Bolívia, Venezuela e Equador. Colateralmente, inclui-se a necessidade de desestabilizar o governo argentino para que “entre em acordo” ou, eventualmente, seja levado por vazio de poder. “Para isso, é indispensável soterrar a figura presidencial”, afirma Ammann.

O secretário-geral do PH esclareceu que sua presença na Praça não significou que os humanistas apóiam permanente o governo argentino, mas sim, que pretendem dar todo o apoio necessário para que o país não retroceda a uma situação impensável. “Tão pouco, essa ação significa ignorar a situação dos pequenos produtores que necessitam de uma política agrária diferenciada e uma atenção particular para que possam sair da situação que lhes foi criada pelo governo de Menen. Estamos com os pequenos produtores, com o trabalhador rural e com o povo argentino que precisa de abastecimento”, esclarece.

Dessa maneira, e pela primeira vez em sua curta história, o Partido Humanista participou de um ato em apoio ao governo vigente. O discurso do PH, nas circunstâncias atuais, é o seguinte: “Sim ao governo eleito! Sim aos pequenos produtores rurais! Não aos golpistas da Sociedade Rural! Não aos grandes produtores de soja! Não aos investidores estrangeiros do campo!”Segundo consenso do Movimento Humanista, “Não haverá progresso se não é de todos e para todos”, em clara alusão aos privilégios que pretendem os grandes agricultores.

Fonte: Redação Nación Humana

10 de abril de 2008.

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