terça-feira, 25 de março de 2008

Solidariedade ao povo tibetano e uma saída válida para toda a Humanidade

Frente aos acontecimento destas semanas no Tibet, as Regionais Humanistas e todos os humanistas de Europa, Ásia, América Latina e América do Norte condenam a violência e a repressão sangrenta por parte do regime da República Popular da China, contra os manifestantes de Lasa e muitas outras cidades tibetanas.

Estamos diante de acontecimentos análogos à repressão violenta desatada na Birmânia contra os monges budistas e a população desarmada, com mortos, feridos e fechamento de toda forma de informação interna e internacional.

Ao mesmo tempo, denunciamos a política dos EUA e de grupos armamentistas, próximos ao presidente Bush, por fomentarem, com base em interesses particulares, ações de separativismo e desestabilização entre populações de todo o mundo, arraigando-se em sentimentos profundos de identidade nacional, como em Kosovo e Sérvia, ou em Palestina e Israel, e fomentando uma divisão por interesses econômicos, como acontece na Bolívia.

Não será a voz dos políticos interessados na divisão e no enfrentamento que poderão abrir o futuro neste momento difícil. As questões fundamentais são: a defesa das raízes históricas de cada povo, o reconhecimento do direito de praticar as próprias crenças, religiões e culturas, e, sobretudo, obter uma saída diferente e válida como exemplo para toda a humanidade.

A separação de uma nação ou de um região pode ter sentido se os códigos, as ações, as intenções, não chegam a formas de isolamento ou de regressão, a formas antigas, que não na direção da humanização das relações entre os povos, até o real reconhecimento das diversidade e a real integração das culturas, nações e regiões que querem representar vanguardas na formação da Nação Humana Universal.

Para iniciar um processo realmente novo, é necessária a via da não-violência, porém isso necessita de uma cultura projetada para o futuro, um olhar do ser humano sem discriminação entre raças, com iguais oportunidades entre homens e mulheres, sem castas ou classes sociais, e capaz de priorizar o processo acima do interesse político imediato.

Como humanistas, pedimos aos governos, e líderes das facções opostas que se sentem para ouvir as diferentes necessidades e propostas e, entre a visão centralista e a nacionalista, tentem uma saída diferente, inventem uma saída a partir da visão “humanista”.

Precisamos de novos elementos interpretativos para compreender a complexidade dos fenômenos sociais atuais. Precisamos de paciência histórica para abrir este diálogo tão importante e urgente para toda a humanidade. Por isso, os humanistas vêm, por meio dos porta-vozes regionais e de uma delegação internacional das regiões Europa, América do Norte, América Latina e Ásia, propor-se a apoiar a mediação cultural entre o governo chinês e os líderes tibetanos.

Sem esse diálogo e essa perspectiva de construção, as mesmas relações internacionais entre China, EUA, Rússia e Europa, com seus mesquinhos interesses, poderiam producir um choque irreversible.

Aqui não estão em discussão as Olimpíadas, mas sim a possibilidade de dar uma resposta coerente à toda humanidade. Aqui estamos com humildade e esperança, juntos com todos os construtores de uma nova humanidade não-violenta.

Giorgio Schultze
Porta-voz Europeu do Novo Humanismo

Tomás Hirsch
Porta-voz do Humanismo para a América Latina

Sudhir Gandotra
Porta-voz do Novo Humanismo na Ásia-Pacífico

Chris Wells
Porta-voz do Novo Humanismo na América do Norte

segunda-feira, 17 de março de 2008

Ato contra as Guerras em São Paulo. Mobilização mundial - 5 anos da invasão do Iraque. América Latina sem Guerras e sem Violência

Dia 19 de março - a partir das 13h- na Praça Ramos - em frente ao Teatro Municipal.

Diversas organizações e manifestantes realizam na próxima quarta-feira, dia 19 de março de 2008, o ato contra as guerras, na Praça Ramos de Azevedo, em frente ao Teatro Municipal. O ato faz parte da mobilização mundial pelo fim da invasão do Iraque pelas tropas norte-americanas, que completa 5 anos, e será realizada em mais de 40 cidades ao redor do mundo. Neste ano, além da reivindicação pelo fim da ocupação do Iraque, a mobilização tem o caráter de protesto contra a ação militar do governo colombiano (Álvaro Uribe), realizada no início do mês e apoiada pelo governo George W. Bush. Os manifestantes recolhem um abaixo-assinado para pedir a aplicação de sanções internacionais contra o governo colombiano de acordo às resoluções da OEA - Organização dos Estados Americanos (ver abaixo).

"Neste ano, a manifestação inclui mais um ponto de reivindicação e protesto: contra a ameaça da política militar do governo colombiano, apoiada pelos EUA, contra seus vizinhos do Equador e da Venezuela. Os povos da América Latina pedem que o continente continue sem conflitos bélicos e sem guerras entre países", afirma Alexandre Sammogini, jornalista, coordenador do Movimento Humanista e um dos organizadores do ato em São Paulo.

"O presidente de Colômbia, Álvaro Uribe, ao se associar estreitamente ao presidente Bush, não soube trazer a paz a seu próprio país e quer exportar sua lógica de guerra à região. A incursão armada de Uribe e a matança realizada em território equatoriano são inaceitáveis e devem ser sancionadas pela comunidade internacional", afirma Tomás Hirsch, chileno, porta-voz do humanismo na América Latina.No ano passado, o ato em São Paulo foi realizado na Praça Patriarca com uma ciranda pela paz SPTV Globo - http://www.youtube.com/watch?v=vBjgHyNZ9Yo

Neste ano haverá uma performance com a presença de bonecos e atores que representam "Bush e Uribe" (por volta das 14h30)

Modelo de Abaixo-Assinado Aplicação de sanções internacionais contra o governo da Colômbia

Nós brasileiros exigimos a condenação do governo da Colômbia (presidido por Álvaro Uribe) por crime de guerra e a aplicação de sanções internacionais previstas para o caso devido à intervenção militar em território equatoriano no último dia 2 de março de 2008, inclusive com a perda de comando do governo colombiano sobre suas forças armadas.

A acusação é baseada no seguinte dispositivo de Segurança Coletiva da Carta de Organização dos Estados Americanos, Capítulo VI:

Artigo 28"Toda agressão de um Estado contra a integridade ou a inviolabilidade do território, ou contra a soberania, ou a independência política de um Estado americano, será considerada como um ato de agressão contra todos os demais Estados americanos"

Artigo 29 "Se a inviolabilidade ou a integridade do território ou a soberania ou a independência política de qualquer estado americano forem atingidas por um ataque armado... ou por qualquer outro fato ou situação que possa pôr em perigo a paz na América, os Estados americanos em obediência aos princípios de solidariedade continental, ou de legítima defesa coletiva, aplicarão as medidas e processos estabelecidos nos tratados especiais existentes sobre a matéria"

Para maiores informações, falar com Fabíola, pelo telefone: (11) 8646-0332

sexta-feira, 7 de março de 2008

FESTA DE LANÇAMENTO DA REVISTA ORÍGENES

No próximo dia 13 será lançada a revista Orígenes, o mais novo impresso de integração sócio-cultural da América Latina, que trará diversos assuntos de interesse do povo latino, divididos nas seções temáticas de: arte e cultura, economia, política, meio ambiente, saúde, educação, mídia e tecnologia. Farão parte do desenvolvimento dessa forma inovadora de jornalismo: designers, jornalistas, fotógrafos e outros profissionais comprometidos com a produção de um veículo de comunicação com linha editorial abrangente e inspirador de idéias como não-violência, defesa dos direitos humanos e transformação da sociedade a partir da cidadania. A organização da revista prevê que, a princípio, seu lançamento ocorra simultaneamente em cinco das mais importantes cidades do Brasil: São Paulo (SP), Curitiba (PR), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (BH) e Porto Alegre (RS). A intenção do Movimento Humanista, idealizador do projeto, é que as próximas edições sejam distribuídas para o número máximo de cidades e capitais brasileiras e, inclusive, num futuro próximo, a revista chegue a ser editada também em outros países latinos. A festa de lançamento da Orígenes será ocasião para a apresentação dos objetivos fundamentais da publicação, bem como a exaltação da cultura da América Latina, na forma de música, poesia e outras manifestações artísticas originárias das nações desse continente. Para dar ainda mais expressão a esse encontro da diversidade cultural e da integração regional, estará presente o Teatro União e Olho Vivo, representado na pessoa de César Vieira.

FESTA DE LANÇAMENTO DA ORÍGENES
Local: Rua Deputado Lacerda Franco, 526, frente ao supermercado Mambo
Data: 13 de março de 2008
Horário: a partir das 20 horas

POSICIONAMENTO DO MH SOBRE O CONFLITO ENTRE COLÔMBIA E EQUADOR

Aos povos e governos da América Latina

Condenamos energicamente a sanguinária incursão militar do governo colombiano em território equatoriano. O processo de transformações na América Latina está passando por um momento crítico e hoje, mais do que nunca, é necessário acelerar os projetos de união política, econômica e cultural.

Precisamos de paz para a transformação econômica, a recuperação dos recursos naturais e o resgate dos direitos políticos dos povos. Necessitamos que Venezuela, Equador, Bolívia e Nicarágua fortaleçam e consolidem seus processos de transformação, de modo que nós, humanistas da América e do mundo, continuaremos oferecendo nosso apoio com decisão.

Assim mesmo, valorizamos os outros governos da região com clara orientação progressista, e esperamos que aprofundem tal tendência em processos refundacionais, com ampla participação de seus povos. Não são necessárias linguagens beligerantes, nem aventuras bélicas.

O presidente de Colômbia, Álvaro Uribe, ao se associar estreitamente ao presidente Bush, não soube trazer a paz a seu próprio país e quer exportar sua lógica de guerra à região. A incursão armada de Uribe e a matança realizada em território equatoriano é inaceitável e deve ser sancionada pela comunidade internacional.

Porém, esse conflito não será resolvido com ameaças de guerra, nem mobilizações de exército. A Era Bush está próxima do fim e é muito provável que a inteligência e a cordialidade regressem também à América do Norte. Enquanto isso, é preciso unidade, paz, paciência e fortalecimento da ação não-violenta de organizações sociais, políticas e culturais da região.

Quando a integração latino-americana quer avançar, sustentada em processos como os que lideram Evo Morales, Hugo Chávez, Rafael Corrêa e Daniel Ortega, é necessário que as FARC abandonem sua proposta de insurgência armada, libertando todos os seqüestrados, num caminho de pacificação e apoio ao processo de integração latino-americana. Frente à ameaça gerada, ganha mais relevância a decisão de Evo Morales de incluir na nova Constituição o repúdio à guerra como forma de solução dos conflitos. É tempo de essa decisão ser seguida por todos os países da região.

Os movimentos sociais do continente não podem se esquivar da situação atual. O caminho contra a violência exercida pelas instituições econômicas e políticas do sistema não é a guerra nem é a violência. Nossa ação, em todos os casos, deve priorizar a vida, a saúde e a educação da população, sem qualquer outra prioridade. Nossa ação é a unidade do movimento social latino-americano para reduzir o poder do capital e fortalecer a decisão e participação dos povos.

Tomás Hirsch, porta-voz do Humanismo para América Latina
4 de março de 2008

quarta-feira, 5 de março de 2008

PRIMEIRO SEMINÁRIO DO PARTIDO HUMANISTA EM BRASÍLIA

Aconteceu o primeiro Seminário do Partido Humanista no dia 24 de fevereiro, em Brasília. Essa foi uma das iniciativas da proposta do Humanismo de realizar seminários nos estados em que o partido está em processo de formação, para que sejam potencializados e impulsionados os militantes. Participaram de 120 a 150 pessoas, entre lutadores sociais, mulheres, jovens, aposentados e crianças, moradores, trabalhadores, estudantes, sindicalistas e membros de associações ou outros partidos. Os participantes eram oriundos de várias cidades do DF: Samambaia (e bairros), Estrutural, Sobradinho, Ceilândia, Taguatinga, Plano-Piloto (Brasília). Na ocasião, houve a apresentação do local, pelos participantes Agenildo e Mardônio de Brasília, seguida de uma exposição da situação do PH no mundo e de uma síntese do Documento Humanista pelo orientador do Conselho 136, Rogério. Também houve um intercâmbio de grupos e, depois, a apresentação das sínteses das discussões. Foram dados exemplos do Plano de Ação Municipal e a situação atual do PH no Brasil por Alexandre, em microfone aberto. Ao final, houve agradecimentos e a Declaração Humanista, em círculo. O intercâmbio de grupos e suas sínteses foram a parte fundamental do evento e, também, o momento mais emocionante. O espaço de realização do seminário foi decorado com faixas e contava com som, projetor multimídia, lap top e duas filmadoras. Foram distribuídas pastas, e venderam-se canetas e camisetas ao preço simbólico de um real. O encontro foi auto-financiado.

CONCLUSÕES DA COMISSÃO NACIONAL - PARTIDO HUMANISTA (PH)O plano de visitar as cidades e potencializar o desenvolvimento do Partido, construindo suas bases, com formação política e trabalho para a legalização do partido, nos deu a visão de abertura de que necessitávamos para poder consolidar o organismo em outros pontos dando assim uma maior visibilidade ao PH a nível nacional. Intencionamos dar um maior esclarecimento sobre as propostas do PH, quanto a sua origem e sobre o que propomos para consolidar tal ferramenta política no âmbito nacional. Este encontro foi organizado em um prazo reduzido de tempo por meio de conversas antecipadas com os organizadores do lugar, de modo a tornar um consenso a imagem do que gostaríamos de desenvolver no Distrito Federal. A iniciativa de organizar este encontro e receber membros da comissão nacional foi motivada pela ampliação do organismo em todo território nacional e com total apoio dos brasilienses. Sua organização ficou sob responsabilidade dos anfitriões. Desde as faixas, canetas, comida, cadeiras e projetor até o aluguel dos ônibus que vieram de outras localidades. Essa forma proposta para o encontro nos deu a possibilidade de conhecer muitas pessoas, intercambiar nas mesas de trabalho e com uma ótima participação de todos os assistentes, propor idéias e formas de trabalho. O que podemos impulsionar para os próximos encontros, em outras cidades, é a realização de maior difusão nos meios de comunicação local. Agradecemos aos amigos do Distrito Federal e estamos abertos a visitar outros pontos do Brasil.

HUMANISMO NA BOLÍVIA PLANEJA REDE DE INSTITUIÇÕES PELA NÃO-VIOLÊNCIA E POR UMA COMUNICAÇÃO DE INTEGRAÇÃO

Informações enviadas pelo humanista Alan Bravo

O Movimento Humanista da Bolívia apresentou, a diversas instituições, duas campanhas: uma da não-violência e da tolerância, e outra por uma comunicação voltada à integração. O primeiro projeto pretende a realização de oficinas com base em 100 equipes coordenadas e capacitadas por três responsáveis a nível nacional, que alcancem distintos setores da população. A intenção é fazer planejamentos conjuntos com organizações distintas, pela combinação da experiência de algumas ONGs e diferentes entidades estatais que trabalhem com a não-violência. Isso permitirá que se dê maior amplitude à abordagem de temáticas como: violência intra-familiar, seguridade cidadã e conflitos sociais gerados por provocações de alguns setores econômicos. A não-violência tem sido metodologia de ação e atitude de vida e relacionamento, com tolerância no convívio inter-pessoal. Por outro lado, o projeto de comunicação para integração busca fazer incursões em distintos meios de comunicação, como a Revista Terra e programas de televisão e de rádio, produzindo informação e comunicação que busque esclarecer e informar sobre os avanços no processo de transformação social. Esse projeto, ainda que esteja centrado na mídia, é acompanhado de uma série de oficinas sobre a não-discriminação e a integração dos povos, cuja intenção é despertar em outras organizações o desejo de se envolverem em elaborações semelhantes, a partir da sensibilidade da não violência. Foram visitadas instituições, como a ONG Capacitação e Direitos Cidadãos, a Faculdade de Direito que foi sede do II Fórum Humanista Latino Americano, a Assembléia Permanente de Direitos Humanos de La Paz e o Ministério da Saúde (que convidou o movimento a participar de reunião de uma rede de organizações públicas e ONGs sobre a não-violência). Pela receptividade de algumas organizações, foram marcadas reuniões de apoio a projetos de Serviço Social, já trabalhados em oficinas no II Fórum. O vice-reitor da UMSA e a ONG IPAS, que promove respeito aos direitos reprodutivos, também participarão da grande rede. O vice-ministério de Seguridade Cidadã ficou muito interessado em desenvolver, como parte de política pública nacional, as oficinas da não-violência e da tolerância. A Prefeitura Municipal, em sua unidade de gênero e violência, bem como várias Defensorias também foram visitadas. Na próxima semana, haverá reunião para planejar projetos a várias instituições e assistentes dessas redes, entre eles o Ministério da Educação, com quem foi combinado que serão apresentados projetos na próxima semana. Na Comunidade de Direitos Humanos (www.comunidad.org.bo) e no Capítulo Boliviano de Direitos Humanos, redes com mais de 50 organizações nacionais de direitos humanos, cada uma, foram apresentados informativos e o projeto para incorporação do movimento humanista a ambas as redes. O Defensor do Povo, na pessoa de Patrícia Flores, comprometeu-se a apoiar a convocatória de voluntários e ativistas da não violência. Também colaborou com a cessão de seu salão para realização de oficinas de capacitação. A ONG ADES se somou ao projeto com uma Associação Juvenil, e ambas coordenarão atividades aos fins de semana. A organização VIVE também já foi informada dessa grande frente de ação. As atividades estão abertas a quem queira intercambiar experiências e estão só começando.