terça-feira, 15 de abril de 2008

APRESENTANDO O MOVIMENTO HUMANISTA

O Movimento Humanista é um conjunto de pessoas de várias idades, credos e raças unidas por uma nova sensibilidade e pela crença na existência pautada pelos seguintes princípios: visão do ser humano como valor central, não-violência ativa e não-discriminação.

Os aderentes a essa nova visão querem atuar na construção de metodologias e propostas de ação destinadas a mudanças pessoal e social simultâneas, com base nos preceitos de não-violência, não-discriminação e posicionamento do ser humano como valor central.

A atitude não-violenta gera referências que abrem o futuro, arejam possibilidades e tiram os povos de um aparente circuito fechado de ação e reação, a qual muitos pensam estar submetidos.
O grupo surgiu na Argentina, em 1966, idealizado por Silo e outras pessoas que, analisando o processo histórico, chegaram à conclusão de que, com a mudança acelerada do mundo, nenhuma das ideologias até então pensadas estava em condições de dar uma resposta adequada à mencionada crise.

Hoje os humanistas se espalham por mais de 120 países, em todos os cinco continentes do globo, e buscam agir pautados num novo pensamento, voltado à superação da dor e do sofrimento humano pelo resgate do melhor das diversas culturas e da história humana.

A filosofia de vida humanista prega que todo ser deve agir, pensar e sentir no mundo, em direção a valores como: virtudes específicas de cada um, força do conjunto, reciprocidade e a verdadeira solidariedade.

Nós, humanistas estamos conformando as bases para uma verdadeira transformação pessoal e social. Perseguimos a construção da Nação Humana Universal em substituição aos mitos de dinheiro, pragmatismo e falta de sentido da época atual.

As propostas HUMANISTAS se centram em 5 pontos básicos:. O ser humano como valor central.. A afirmação da igualdade de oportunidades para todos.. O reconhecimento da diversidade pessoal e cultural.. A afirmação da liberdade de idéias e crenças.. O rechaço a todo tipo de violência e discriminação.

Estas propostas configuram um estilo de vida e um modo de relação inter-pessoal, que pode ser resumido na frase:
“Trata aos demais como queres que te tratem!”

quinta-feira, 10 de abril de 2008

O HUMANISMO VAI À PRAÇA DE MAIO CONTRA GREVE DOS AGROPECUÁRIOS

“Não haverá progresso se não for de todos e para todos”

Com essa frase de Silo, o Movimento Humanista e o Partido Humanista se somaram ao ato em apoio à postura do governo da Argentina diante da greve do setor agropecuário do país. Essa posição foi declarada por Guillermo Sullings, Porta-voz do Movimento Humanista na Argentina, e Luis Ammann, Secretário Geral do Partido Humanista (PH).

Sullings disse que o Humanismo denuncia a violência econômica com que os grandes latifundiários e produtores de soja extorquem toda a população por meio dessa greve. Os manifestantes humanistas se concentraram em Lavalle e Talcahuano para, em seguida, marchar pela Diagonal Norte até a Praça de Maio de Buenos Aires.

Sobre a decisão do Partido Humanista de acompanhar esta marcha, seu secretário-geral e ex-candidato à presidência, Luis Ammann, explicou: “É um momento sobre tudo de grande confusão à boa parte da população e aí tem que estar o humanismo para dar suporte, por meio de esclarecimento. Convocamos o povo e nos mobilizamos com tudo o que temos em apoio a um governo que tem postura correta quanto à visão em favor da América Latina, que tem sido prejudicada por Sociedade Rural, Igreja, meios de difusão que respondem a essas “instituições” e o beneplácito dos militares que não querem mais julgamentos de seus pares”.

Quanto à atitude dos dirigentes das Federações em greve, Ammann explicou: “Os porta-vozes do campo têm sido discriminadores e deixam claro que estão motivados por um antiperonismo, que surge das profundidades da paisagem de formação de quase metade do povo argentino. Muitas críticas de alguns personagens foram feitas como ataque a uma pessoa que tem duas características molestadoras a eles: as de ser mulher e peronista. Os argentinos não podem permitir que se volte a dividir nossa sociedade como em 1955. Temos que atuar para impedi-los e nossa arma é o esclarecimento”.

Por outro lado, Amman destacou que a direita não quer o desenvolvimento da aliança latino-americana que vem se afirmando paulatinamente, Ao contrário, segundo ele, a elite executa o Plano Colômbia II, que procura acelerar planos em marcha contra Bolívia, Venezuela e Equador. Colateralmente, inclui-se a necessidade de desestabilizar o governo argentino para que “entre em acordo” ou, eventualmente, seja levado por vazio de poder. “Para isso, é indispensável soterrar a figura presidencial”, afirma Ammann.

O secretário-geral do PH esclareceu que sua presença na Praça não significou que os humanistas apóiam permanente o governo argentino, mas sim, que pretendem dar todo o apoio necessário para que o país não retroceda a uma situação impensável. “Tão pouco, essa ação significa ignorar a situação dos pequenos produtores que necessitam de uma política agrária diferenciada e uma atenção particular para que possam sair da situação que lhes foi criada pelo governo de Menen. Estamos com os pequenos produtores, com o trabalhador rural e com o povo argentino que precisa de abastecimento”, esclarece.

Dessa maneira, e pela primeira vez em sua curta história, o Partido Humanista participou de um ato em apoio ao governo vigente. O discurso do PH, nas circunstâncias atuais, é o seguinte: “Sim ao governo eleito! Sim aos pequenos produtores rurais! Não aos golpistas da Sociedade Rural! Não aos grandes produtores de soja! Não aos investidores estrangeiros do campo!”Segundo consenso do Movimento Humanista, “Não haverá progresso se não é de todos e para todos”, em clara alusão aos privilégios que pretendem os grandes agricultores.

Fonte: Redação Nación Humana

10 de abril de 2008.

terça-feira, 8 de abril de 2008

MOBILIZAÇÃO HUMANISTA RELEMBRA 40 ANOS DA MORTE DE LUTHER KING

Conselhos do Movimento Humanista do Brasil realizaram, no último dia 04, uma homenagem a Luther King em lembrança aos 40 anos de sua morte. O ato foi organizado em conjunto com o Movimento Negro e teve, na abertura, o discurso da vice-cônsul dos Estados Unidos. Segundo os humanistas, a idéia inicial era dar início ao ato com militantes negros, passar um vídeo sobre a não-violência e depois falar de Silo, convidando os presentes a verem cenas do parque de Caucaia.

Refletindo poucos dias antes, os organizadores do evento concluíram que seria boa idéia convidar o consulado dos EUA para o ato, como oportunidade de aclarar o ponto de vista do movimento de ser contra a guerra, não contra os povos. Além disso, o povo americano tinha a possibilidade de se conectar a seus líderes e movimentos não-violentos para dar suporte ao pedido de não-violência no mundo.

No dia seguinte ao convite, os EUA responderam dizendo que enviariam ao ato a vice-cônsul americana no Brasil, uma mulher simpática que, como mãe, talvez não quisesse ver seu filho numa guerra, ainda que sem poder expressar sua opinião.

As portas do MH se abriram com relação ao consulado dos EUA, inclusive, para fazer trabalhos conjuntos sobre a discriminação racial e a não-violência. Porém, o mais importante foi o exercício que o Movimento Humanista fez de aclarar seu ponto de vista para si mesmo, aos americanos e a toda a gente que participou do evento. Estavam presentes 35 pessoas, das quais 25 eram líderes do movimento negro, incluindo lideranças de religiões evangélicas e afro-brasileiras.

Mas, acima de tudo, foi importante o registro das pessoas com relação a Silo. Depois do vídeo sobre a não-violência apresentado, dois líderes religiosos convidados a falar nesse momento disseram que Silo era um grande homem e agradeceram por terem conhecido a história dessa pessoa iluminada que lutava pela não-violência. Por fim, um mensageiro convidou as pessoas a verem as transmissões de Caucaia, e muita gente se aproximou dizendo que queria ir ao parque para receber maiores informações sobre o local e realizar atividades conjuntas com o Movimento Humanista.

O objetivo de atrair cobertura televisiva ao ato não foi alcançado. Isso porque, depois da confirmação da presença do consulado dos EUA à ocasião, houve auto-censura do Movimento Humanista, baseada no temor de comprometer a imagem do conjunto. Depois, soube-se que todos os grandes canais de TV haviam veiculado grandes reportagens sobre Luther King enquanto transcorria o ato humanista, sendo que, se tivesse havido a tentativa, com certeza, o espaço na mídia teria sido obtido. No próximo ano, segundo os humanistas afirmaram após acordo o Movimento Negro, haverá uma mobilização ainda maior para que se possa atrair a atenção da imprensa em geral.

08 de abril de 2008.

Movimento Humanista

Edição e Tradução Conselho 136